Uma Estação de Pássaros

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Armando Halpern nasceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1961, tirando uma licenciatura em Filosofia pela Universidade Nove de Lisboa. Escreve poesia e ficção desde os seus 15 anos,tendo publicado até agora 5 livros, dois sobre linguagens de programação, um livro de contos, A Rainha da Noite, um romance,O Segredo do Cavaleiro e um livro de poesia em Inglês, Animals and Other Love Songs.


Trabalhando profissionalmente em Informática e Programação, também nunca desistiu de escrever poesia e ficção, sendo uma presença constante em noites de poesia lisboetas, onde lê dos seus poemas.


Adicionalmente, é o editor da revista Fio de Ariadne, que nos Orgulhamos de publicar e nos dá o nome.


Entre aqueles que convivem de perto com ele, é reconhecido pelo seu extenso conhecimento de mitologia grega, que aparece frequentemente na sua poesia, sendo por nós esperado publicar brevemente um livro seu a ela dedicado.

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ISBN:
978-989-35230-0-2

O número 2 ca colecção é "Uma Estação de Pássaros" de Armando Halpern. É o seu sexto livro, mas o segundo de poesia e o primeiro de poesia em Português. Natural de Lisboa, mas tendo vivido por 15 anos em Inglaterra, os poemas de "Uma Estação de Pássaros" cobrem uma boa parte do seu périplo Inglês. Alguns dos poemas revelam uma cultura de índole clássica, outros mostram o desafio de viver como um estrangeiro numa terra estranha, mas todos nos apresentam um exercício rigoroso da poesia, uma atenção cuidada às palavras e o cuidado de produzir poemas que são, de facto, belíssimos.

Um poema do livro:

A Canção do Banido

 

Deixa-me descansar por esta noite as minhas asas doridas,

despi-las-ei cuidadosamente pena a pena

e deitar-me ei a teu lado como uma folha de Outono,

flutuando, nem no céu nem na terra,

sobre esta cama que fizemos fora do tempo

através desta noite estreita de deuses ausentes,

de medos e aspirações sem valor, mesquinhos.

 

Fitando-te num leve silêncio azul de bocas abertas,

os meus olhos serão a mansa risteza da mente

pelas coisas que não mudam mas resistem,

as minhas mãos falarão da mágoa do corpo

por todas as coisas que não permanecem mas desaparecem,

e nós, nós estaremos isolados e postos de parte.

Deixa-me segurar e ser segurado, quieto e repousado.

 

Deixa-me repousar a teu lado até amanhã

de estradas douradas cruzadas como flechas.

Deixa-me aprender sob abrigo a alegria e a dor

de ter recebido um corpo tão fraco e tão forte.

Deixa-me seguir o caminho de Ícaro para os teu olhos,

guia a minha queda até onde a alma se torna corpo

e o corpo brilha a pureza imaculada da alma.

 

Eu tocar-te-ei com os teus dedos suaves

e despirei o último disfarce de personalidade.

Não sendo mais e sendo tudo, estender-me-ei

e serei igual à minha respiração, vasta e diluída.

Levar-te-ei, através de estradas imóveis e nuvens de crepúsculo,

até ao jardim secreto, dobrado sob os teus olhos,

onde os anjos continuam a aprender a voar.

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