Peças Quebradas
Andi nasceu na cidade de Nova Iorque. Graduou-se no Emerson College am Boston, Massachusetts em 1997, com uma licenciatura principal em Escrita Criativa e uma secundária em Argumento de Filme. A escrita começou quando ela tinha seis anos, com vários blocos de notas e diários. Começou a escrever poesia com a idade de catorze anos, com o início de um esgotamento nervoso, podendo alguns desses poemas ser encontrados neste volume. Ela também tem experiência de arte de performance com a banda “Women of Sodom”, que funcionou do princípio ao fim dos anos noventa em Boston. Como uma parte da sua carreira jornalística, ela entrevistou vário músicos em bandas, bem como várias outras personalidades e artistas na cena Gótica para o fanzine Meltdown e para o zine online Star Vox.. Ela também costumava cobrir eventos, escrever sinopses eróticas e marcar revisões de livros para a secção adulta do Boston Phoenix. Mudou-se para Londres em 2001, onde continuou a escrever a sua poesia e ficção de horror quando não tentando ganhar a vida no seu mundo algo caótico. Ela vive com o seu marido, Michael, e os seus dois gatos, Charlie e Benjamim. Ela gosta de pintar, é uma vegan limítrofe e está a reconstruir a sua vida como astróloga profissional depois dum diagnóstico de cancro do qual está agora, felizmente, completamente limpa.Pelo fim da sua vida, ela espera ainda ver pelo menos alguns pequenos sinais da utopia mundial com a qual sempre sonhou.
Escolhemos para número 1 da colecção, a edição bilingue de um livro de poesia de Andi Jarrett-Johnson. É o primeiro livro dela publicado, mas ela apresenta, já, uma poesia marcante, desafiante e envolvente. Alguns dos seus poemas apresentam de forma lancinante a sua experiência de vida, que nós lemos e nos faz ficar, pequenos e quietos no nosso canto, esperando que as linhas que lemos se assentem dentro de nós. Andi é senhora de uma poesia bela e desafiante, que nos põe em causa a cada linha.
Um poema do livro:
Entretanto. Um Suicídio
O entardecer ventoso amortalha os doentes assim como
/acaricia os amantes
Enquanto os seus olhos rolam para trás em prazer,
os meus afundam-se mais baixo tentando escapar ao
/meu corpo.
Carente de amor em todas as suas formas,
Os meus pensamentos são recolhidos como suor e
/lágrimas na minha almofada.
É uma impressão sólida, dura e densa.
Criança perdida e a repercussão
da infância perdida combinadas.
O drama desenrola-se num palco
e líquidas cortinas vermelhas pingando na escuridão --
a audiência invisível e silenciosa,
que está distraída ou realmente não se importa.
Os sons agudos de cordas de violino pingam
quando são tocados
das minhas entranhas—ácido.
Sente-se que alguma coisa simpatica é retirada
com cada repelão.
Não me posso manter junta a mim própria.
A Cortina de sangue salpica-me quando cai,
me cobre e endurece
como a pedra de sangue de Pompeia,
uma história gelada.